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O Brasil não possuía, até 2016, um banco de dados confiável sobre as mais altas quedas d’água de seu território. Neste ano, o Engenheiro Leomar Nestor Teichmann, canionista e admirador da imponência das grandes quedas d’água, teve a ideia de iniciar um projeto que fosse capaz de mapear e medir estas gigantes da natureza. O projeto tomou forma e, logo nas primeiras medições, as informações que eram divulgadas em publicações e páginas da internet sobre as cachoeiras do Brasil mostraram-se defasadas e com imprecisões. Nem mesmo os órgãos oficiais, como o IBGE ou o ICMBio, dispõem de informações atualizadas. Os crescentes índices de redução da biodiversidade biológica, agravados exponencialmente ao longo do século XXI, sustentam um dado preocupante, indicando que dois terços das espécies da flora e, um significativo percentual das espécies da fauna estão ameaçados de extinção. Isto se deve a uma série de fatores intimamente relacionados, sendo alguns deles, o crescimento demográfico, a expansão das cidades e das zonas agrícolas, o desmatamento, o uso excessivo dos recursos naturais e a introdução de espécies exóticas. Por mais que exista uma legislação que assegure a preservação de determinados ecossistemas, estes instrumentos legais se tornam ineficazes se não houver uma consciência ecológica das populações frente aos aspectos ligados à natureza, criando um entendimento que passe a correlacionar a proteção ao meio ambiente, com o crescimento e a qualidade de vida. O caminho mais promissor para que isto se concretize, é estreitar os laços entre o meio ambiente e os cidadãos comuns, pois já é consenso entre a comunidade científica, que a proteção requer conhecimento: o ser humano só protege aquilo que conhece. Logo, a realização de um inventário completo das grandes quedas d’água do Brasil, comprometido com a divulgação de conhecimento científico para as populações locais, vai ao encontro das propostas dos atuais modelos de educação ambiental.

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